Um quase soneto.
Abandono
Dois quartetos e dois tercetos
Sem métrica me esqueço
No terceiro verso descompasso
No quarto, sobras e remendos
No quarto, somente o meu vazio
Na cama, somente minha dor
Sozinha, não se reconhece
E perdida, se despedaçou.
E perdida se desmoronou
Foi deixada para trás
Com tudo que sonhou...
Com tudo, não chora por tristeza
Chora apenas porque abandonou
O que tanto sonhava, o que a dominou.
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