Sobre as Pessoas

Solidão

 

A solidão se concretiza no silêncio.

É a certeza de que só existe ar e concreto,

Entre sua alma e tudo a sua volta.

É o vácuo que pressiona nosso corpo

Contra matérias frias e duras.

 

A solidão se concretiza no silêncio,

Não apenas externo,

Mas principalmente interno.

É quando estamos a sós com nossos pensamentos.

Nos questionando sobre nossos desejos.

 

É falta do toque, e do lamento.

É a falta de se sentir presente.

É a falta de se sentir contente.

É o ser estar ausente.

 

Mesmo junto de tantas pessoas,

Mesmo quando falam com você.

A solidão pode ser tão presente,

Que até machuca perceber

A distancia entre o mundo e nosso ser.

 

A solidão se concretiza no silêncio.

É a falta de se sentir necessário.

É estar trancado na escuridão em um armário

Ter a chave nas mãos e

No entanto... Não poder sair.

 

É se perceber em frente a um cubo,

Recebendo a luz fria em seu rosto,

Vivendo indiretamente a in-realidade de sentimentos.

Sugando e se suprindo de vivencias alheias,

Tentando assim ser mais feliz.

Tentando assim ser o que não é.

 

Você, a escuridão,

A pequena luz que são seus desejos,

Tão distante de si mesmo.

A escuridão e suas tristezas,

Em suas mãos o poder da escolha,

Não adiantará gritar,

Pois nem assim esse silêncio vai se quebrar.

 

É o não existir além de si,

É o não deixar marcas.

E o desaparecer sem fazer falta,

É como andar sozinho na deserta madrugada.

A solidão se concretiza no Silêncio.

 

Psicodrama

 

QUEM ?

QUEM  SOU  EU?

PENSEI SER ALGUÉM

PENSEI TER ALGUM FUTURO

PENSEI EM REALIZAR MEUS SONHOS...

 

E O QUE??

O que eu fiz?

NADA.

Deixei tudo acontecer

Do jeito mais FÁCIL.

DEIXEI a vida e não a cultivei.

 

Vi o mundo podre, triste.

Vi o ser humano nu.

Sem suas mascaras,

Sem seus esconderijos

Iluminei as suas sombras

O que eu vi foi suas mentiras,

Conheci o que eles escondem de pior.

 

ODIEI O QUE VI

ODIEI A MIM!

 

E onde?

Onde me escondi??

 

Me escondi em minha alma

Guardei tudo que eu queria dizer e fazer,

O estranho...

É que muita coisa

Começou a explodir

A minha alma queria falar...

Quem vocês são.

 

Deixei fluir somente o meu lado pessimista

Vi a falsidade, e a mentira,

Vi a rotina e a idiotice

Em cada palavra, cada ser,

Que se dirigia a mim.

Vi como as pessoas são volúveis

E cheias, cheias, cheias...

De falsos pudores.

 

Hipócritas...

 

Trancaram-me num lugar...

Escuro, e cheio de tudo que eu

Queria mostrar.

Desapareci em minha alma.

E ninguém veio procurar por mim.

Ninguém quis abrir a porta,

Ninguém tinha a chave?

Eu tentei, eu pedi...

Mas ninguém quis abrir,

Por isso fui morrendo...

Pouco a pouco...

Esse é meu ultimo suspiro.

Com um lápis.

A arma que eu sempre apontava minha dor...

 

Digo adeus.

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Discutindo o racismo texto 3 – Nosso cabelo não é ruim, duro ou Bombril – ou o preconceito nas escolas.

Discutindo o racismo texto 2 - Desconstruindo Ruth Catala

O que tenho é a Saudade, e dela nada pode se fazer.