Vida: a mais significante metáfora da minha caminhada. ahahh redação de prot q eu vo colocar aqui... Capitulo 1

Bom esse texto é muito grande por isso vo colocar um capitulo por vêz... 5 no total...

 


Vida: a mais significante metáfora da minha caminhada.


No meu quarto ao ter certeza da minha morte, eu olho pela janela...


E todos vivem suas vidas.Vivem?


 


 


   Quero levantar. Acho que posso, sei que vai doer, e estarei me desgastando ainda mais. Não ligo, vai pagar a pena. Quem sabe nesses meus últimos momentos descubro o sentido desses 63 anos de vida, a minha contribuição, o meu valor para o mundo pode estar escrito nessas ultimas horas, nas pessoas que vivem suas vidas passando pela minha, sem perceber, sem notar.


Há alguns dias que noto o movimento, noto as pessoas e as vidas que passam pelo meu prédio, as crianças, os jovens, os adultos, brincando, namorando, trabalhando, andando... Andando... Indo sempre de algum lugar para algum lugar, será que essa incessante caminhada e essa ininterrupta busca por destinos faz algum sentido para eles?


Lembro de quando agia como eles, parece ter tanto tempo, uma época que passou rápido, no entanto cada dia daqueles anos parecia ter horas e horas sem fim que nunca foram o suficiente para fazer tudo que eu queria, mas será que eu queria? Sei apenas que nunca fizeram sentido para mim: Destinos e caminhos.


Naquele tempo ficava imaginado a onde isso (minha vida) iria acabar e como. Tinha como todo jovem um caminho lógico a seguir: ensino fundamental, ensino médio, o tão temido VESTIBULAR, e finalmente a faculdade. E depois a vida adulta andar com as próprias pernas. Sabia também que deveria desejar algumas coisas, que todos os adolescentes desejavam: respeito, valor, liberdade. Sim a tão esperada liberdade, ser dono do próprio nariz e assim atravessa-lo com um ferro, chegar tarde em casa, fazer o que der na telha, ou o que der na telha do meu grupo de amigos, beber, fumar e assim me afirmar como gente, como adulto. Idiotice. Fazendo isso só mostrava a minha infantilidade.


A sacada do meu apartamento é de frente a uma avenida. Gosto de ficar aqui, do terceiro andar é possível ver bem o movimento da calçada. Na avenida tem uma escola, uma barraca de cachorro quente, com uma caixa de isopor ao lado, lojas, uma academia, uma lanchonete e na esquina, uma pequena praça com alguns brinquedos, bancos, arvores e em todos os lugares pessoas, amigos, namorados, noivos, casados, mães, pais, filhos. Não a passeio e sim a destinos, todos eles. Todos, sós ou acompanhados estão unidos, estão com alguém, talvez.


O que? O que foi isso? Esse barulho vindo da minha sala? Eram vozes? Impossível. Era apenas uma mente cansada e sedenta por companhia pregando uma peça num pobre solitário. Na maior parte do tempo tento não notar que não há ninguém em lugar nenhum que se importe comigo, sou apenas eu. Até quando?


—Hei! Se acalme, tudo vai acabar logo!— grito pra mim mesmo, assim fazendo meus ouvidos captarem o som de uma voz humana. Depois do grito, um doloroso ataque de tosse. Realmente espero que acabe logo.


Acho que este seja o motivo para eu estar assim hoje, esse meu incrível desejo de que tudo passe o mais rápido e fácil possível, que bobagem minha, tentar achar o sentido da vida sem nunca ter vivido. Se em 60 anos não descobri não vai ser em 60 minutos que essa resposta virá.

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